A opinião
É uma história de uma família normal. Com as suas piadas e intimidades inerentes. Há muitos elementos modernos como Nike, Hard Rock Café, Louis Vitton mostrando a globalização em uma cultura. Os diálogos são reais, as implicâncias também. Um acontecimento abala a estrutura aparentemente sólida dos relacionamentos. É uma tensão embala o filme. Esta parte achei exagerada e dramática. Mas o descontentamento dura pouco. O longa recupera a força. "Onde está Sepideh?", pergunta quase constante. "Um final amargo é melhor do que uma amargura sem fim", diz-se. Culpas são transferidas e interpretadas com competência. Aos poucos juntam-se as peças do quebra-cabeça, com medo. Antes do final perde-se mais um pouco. Com todos os altos e baixos é muito interessante. Vale a pena ser visto. Recomendo.
Ficha Técnica
Direção:Asghar Farhadi
Roteiro:Asghar Farhadi, Mahnoud
Elenco:
Fotografia:Hossein Jafarian
Montagem:Hayedeh Safiyari
Música:Andrea Bauer
País:Irã
Ano:2009
A Sinopse
Após passar anos na Alemanha, Ahmad volta ao Irã, e seus amigos organizam três dias de comemoração. Sem que o resto do grupo saiba, Sepideh convida para a festa a jovem Elly, professora de sua filha. Ahmad, que acabou de se separar de sua esposa alemã e gostaria de começar uma nova vida com uma iraniana, vê em Elly a mulher perfeita. No dia seguinte, no entanto, ela desaparece misteriosamente. O clima entre os amigos torna-se amargo e acusatório e eles iniciam uma pequena investigação para descobrir o paradeiro da moça. Leão de Prata de Melhor Direção no Festival de Berlim 2009.
O Diretor
Nasceu em 1972, no Irã. Realizava filmes em Super-8 e 16mm na adolescência e estudou Direção de Cinema na Universidade de Teerã, onde se formou em 1998. Atuou como dramaturgo e diretor durante a graduação além de escrever diversas peças de rádio e dirigir programas para a televisão iraniana. Em 2003 dirigiu seu primeiro longa-metragem, Dancing in the Dust , tendo realizado ainda Beautiful City (2004) e Fireworks Wednesday (2006).