Todo ano, em tempos de OSCAR, principal festival cinematográfico do planeta, questiono o rumo comportamental dos indivíduos sociais. Desde que o mundo é mundo, tantos os seres humanos, quanto os animais, precisam sobreviver a fim de serem aceitos. A competição com o próximo, com o sistema, e até com o próprio, ganha proporções carnavalescas. Para que um torne-se melhor, o outro precisa ser apenas bom. Ao decorrer da trajetória, essas “premiações” impõem regras subjetivas criadas por realizadores subjetivos, que em algum momento, acharam que o certo era absoluto e o contrário deveria ser banido. Então, era inevitável a busca por festivais de música (julgando talentos) e de filmes. O que não entendo muito bem é como mensurar o valor de cada coisa e como escolher entre uma película ou outra. Alguns quebram a barreira e surpreendem logo que são apresentados. Um exemplo é “O Artista”, uma homenagem ao cinema mudo. Outro é “A Invenção de Hugo Cabret”, do mestre Scorsese, que queria ser padre e desde pequeno fascinado pela arte cinematográfica, também traz à vida Georges Méliès, realizador que dirigiu “Viagem a Lua”, também do cinema mudo. Um retrata a essência, o outro, a fantasia. Qual é o melhor? Recuso-me a escolher e a optar, já que acredito que os dois são gêneros diferentes e maravilhosos. Outro ponto recorrente é o marketing que os idealizadores (mais produtores e distribuidores) imprimem nas obras. Com o slogan “ganhador do Oscar”, ou qualquer outro prêmio da sétima arte, o longa-metragem adquire notoriedade, respeito e o estímulo do espectador comum, que lógico escolherá o produto vendável como correto. E o outro? E o que não ganhou nada? Será excluído e receberá outro slogan extremamente cruel e depressivo “Indicado ao Oscar”. Quem lembra de “No cair da noite” e “Bonnie & Clyde”? Quem lembra de “Titanic”? Quem lembra do prêmio a Sandra Bullock? Gostaria realmente de entender as regras para que assim a credibilidade pudesse fazer parte de mim. É glamour, esquemas, o voto de um ano influenciando no outro, é tudo, menos arte. Mesmo assim, vemos e comentamos o óbvio latente e do senso comum. Cada filme é uma obra, com suas imperfeições, inteligências, fascínios, erros, acertos, surpresas, limites, fantasias, realidades, risos, tristezas, choros, catarses, ansiedades, sustos, mais risos, revoltas (com o que se vê ou com o que se mostra em tela). DIGA NÃO À ESCOLHA! VEJA TUDO! AÍ, SIM, JULGE (assim como os críticos)! AH, não deixe de assistir ao Oscar, nunca! Não acredite cegamente no que digo! Obrigado por ler até o final!